Tendências em qualidade de software para 2024

updated on 22 February 2024

A qualidade do software evoluiu de um diferencial para um requisito essencial, moldando o escopo estratégico das empresas de tecnologia.

Diante disso, líderes como CTOs e VPs de Engenharia são convocados a antecipar e incorporar tendências em qualidade de software - a chave para sustentar o crescimento acelerado.

Automação e Inteligência Artificial

A aceleração na adoção de Automação em testes de software é incontornável, conferindo consistência e eficiência operacional. No contexto de qualidade de software para 2024, espera-se uma fusão cada vez mais profunda entre automação e técnicas avançadas de Inteligência Artificial (IA). Esta sinergia encaminha-se para a criação de processos de testes autônomos, que aprendem e evoluem com o próprio uso do software.

Os avanços em IA não se limitarão a simples automatização de tarefas repetitivas, mas direcionar-se-ão, também, para a análise preditiva de potenciais falhas e gargalos de performance. A aplicação de técnicas como machine learning e natural language processing permitirá que as plataformas de testes não só identifiquem deficiências com maior precisão, mas também recomendem melhorias proativas. A qualidade do software ganha, assim, uma dimensão de continua auto-otimização.

Na prática, isso significa que os processos de Qualidade de Software estarão embasados em uma inteligência cada vez mais estratégica. Softwares poderão antever necessidades e solucionar problemas antes mesmo que eles se manifestem, elevando o patamar de qualidade e assegurando uma vantagem competitiva para as startups em crescimento.

Ferramentas de IA na detecção precoce de bugs

A integração de IA na detecção antecipada de erros está revolucionando a manutenção de software.

A IA pode reduzir em até 45% o tempo necessário para encontrar e corrigir bugs no desenvolvimento.

Explorando modelos preditivos, ferramentas IA aprimoram a precisão em encontrar falhas complexas em códigos, muito antes da fase de testes.

IA não somente detecta, mas também aprende com padrões de bugs, otimizando continuamente a qualidade e segurança do software.

Automação de testes através do aprendizado de máquina

Na esfera da automação de testes, as inovações prometem revolucionar a eficiência e acurácia desses processos. O aprendizado de máquina surge como uma força disruptiva, redefinindo os métodos tradicionais de verificação de qualidade de software.

A aprendizagem automatizada agiliza a identificação de falhas. Essa capacidade evolutiva dos sistemas automatizados de testes é fundamental para a manutenção da qualidade em softwares complexos.

A inteligência artificial permite a execução de testes mais sofisticados. Esses sistemas são capazes de aprender com o histórico e adaptar suas estratégias de testagem automaticamente.

Esse avanço na automação beneficia diretamente as rotinas de desenvolvimento. Os ciclos de testes se tornam mais curtos e precoces, diminuindo prazos de entrega sem sacrificar a qualidade do produto final.

As ferramentas de IA promovem um ciclo virtuoso de melhoria contínua. Graças à análise de dados e aprendizado constante, esses sistemas identificam padrões e otimizam estratégias de testagem de forma independente.

Portanto, a automação de testes orientada por IA se destacará nas estratégias de qualidade. Trata-se de uma evolução natural onde máquinas aprendem e aprimoram processos, estabelecendo um novo paradigma em testagem.

Integração Contínua e Entrega Contínua (CI/CD)

A prática de Integração Contínua (CI), endossada como essencial para a agilidade no desenvolvimento de software, ganha ainda mais proeminência ao se pensar no futuro próximo. A capacidade de integrar código novo de maneira frequente e automatizada permite a identificação precoce de incongruências e a garantia de um código sempre pronto para lançamento. Neste contexto, os testes automatizados revelam-se como pilares, garantindo que cada merge no repositório principal mantenha a integridade do código.

No âmbito da Entrega Contínua (CD), observa-se uma maturação das estratégias que possibilitam o lançamento de atualizações de software de maneira ágil e confiável. Organizações tecnológicas em crescimento devem aderir cada vez mais à prática de deploys frequentes e sistematizados, o que contribui decisivamente para uma menor taxa de erros em produção e uma aceleração do feedback de usuários. Essa mentalidade de entrega rápida e constante, atrelada à qualidade assegurada por testes rigorosos, define um padrão de excelência para startups de tecnologia que almejam excelência competitiva.

A qualidade do software evolui de um diferencial para um requisito essencial, moldando o escopo estratégico das empresas de tecnologia.

Estratégias de CI/CD para garantia de qualidade

A Integração Contínua e a Entrega Contínua (CI/CD) são pilares fundamentais na obtenção de uma alta qualidade de software. Elas permitem ciclos de desenvolvimento mais rápidos e confiáveis, maximizando a eficiência operacional e reduzindo o tempo de comercialização.

A implementação efetiva de CI/CD é essencial para automatizar e agilizar os processos de teste e entrega. Isso reduz riscos e garante consistência ao longo do ciclo de vida do software.

Estratégias avançadas de CI/CD envolvem a utilização de infraestrutura como código (Infrastructure as Code - IaC), aumentando a reprodutibilidade e a previsibilidade dos ambientes de produção e teste.

Uma prática recomendável é a implementação de pipelines de CI/CD modulares para diferentes serviços, facilitando a manutenção, escalabilidade e gerenciamento das distintas partes do software.

Alinhamento entre equipes de desenvolvimento, operações e segurança é crucial, envolvendo práticas de DevSecOps, para uma abordagem integrada que aumenta a segurança do software desde o início do seu desenvolvimento.

Finalmente, o monitoramento contínuo após a implantação concretiza o ciclo de CI/CD, fornecendo dados vitais para a melhoria contínua da qualidade do software e da experiência do usuário.

Impacto dos microsserviços na CI/CD

A arquitetura de microsserviços tem redefinido o panorama da Integração Contínua (CI) e da Entrega Contínua (CD), proporcionando mais flexibilidade e autonomia no desenvolvimento de software.

  • Desenvolvimento e manutenção mais ágeis e isolados entre os serviços.
  • Facilidade na implementação de pipelines de CI/CD independentes.
  • Integração e colaboração melhoradas entre equipes multidisciplinares.
  • Maior resiliência e possibilidade de deploy contínuo por serviço.
  • Simplificação no gerenciamento de dependências de serviços individuais.

Ao adotar microsserviços, a complexidade da gestão de CI/CD aumenta, mas o benefício reside na capacidade de entregar atualizações de forma mais rápida e segura.

As pipelines de CI/CD tornam-se mais segmentadas e, por consequência, a detecção e resolução de problemas podem ser mais eficientes, reforçando a qualidade e confiabilidade do software.

Segurança como Prioridade

Na perspectiva de tendências futuras, a segurança do software assume uma relevância incontestável para o ano de 2024. Empresas de tecnologia estão elevando o patamar de proteção dos seus produtos mediante a adoção de práticas de DevSecOps, integrando segurança desde o início no ciclo de vida do desenvolvimento de software. A utilização de ferramentas automatizadas para a análise contínua de vulnerabilidades e a conformidade com normativas de segurança, como o GDPR (General Data Protection Regulation) e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), tornam-se imperativas. O advento de regulamentações mais rigorosas impulsiona a criptografia de ponta a ponta, autenticação multifatorial e outras medidas de segurança avançadas, assegurando a integridade e a confidencialidade dos dados dos usuários. Consequentemente, os CTOs e VPs de engenharia devem permanecer vigilantes, atualizando constantemente suas estratégias para mitigar riscos e preservar a reputação empresarial neste ambiente em constante evolução.

Práticas de DevSecOps e qualidade

A disciplina de DevSecOps surge como uma tendência indelével no aprimoramento contínuo da qualidade de software, estabelecendo um equilíbrio entre desenvolvimento, segurança e operações.

  • Incorporação Integral da Segurança: Integrar práticas de segurança desde as primeiras fases do desenvolvimento.
  • Automação e Monitoramento: Aplicar ferramentas que facilitam a identificação e correção automática de vulnerabilidades.
  • Infraestrutura como Código (IaC): Usar códigos para gerir e provisionar infraestruturas de maneira consistente e segura.
  • Compliance Contínuo: Assegurar conformidade com regulamentações vigentes durante todo o ciclo de vida do software.
  • Treinamento e Conscientização: Investir na capacitação das equipes para lidar com as novas demandas de segurança.
  • Feedback Constante: Implementar ciclos de feedback que permitem a melhoria contínua dos processos de segurança.

Os esforços para integrar segurança e compliance em toda a cadeia de produção deve ser uma prioridade estratégica.

Investir em DevSecOps não é apenas uma medida de segurança, é um compromisso com a qualidade que reverbera confiança aos usuários e robustez ao mercado.

Ferramentas de análise de código-fonte em tempo real

A análise de código-fonte em tempo real tem se tornado uma prática vital para garantir a qualidade e a segurança do software.

  1. Linters e Analisadores Estáticos: Ferramentas como ESLint e SonarQube auxiliam na detecção precoce de inconsistências e possíveis falhas.
  2. Integração Contínua/Entrega Contínua (CI/CD) : Serviços como Jenkins e CircleCI implementam pipelines que incluem análises automáticas de código.
  3. Scanners de Segurança: Soluções como OWASP Zap e Fortify estão em evolução para integrar análises de vulnerabilidades em tempo real.
  4. Ferramentas de Profiling: Instrumentos como New Relic ou Datadog oferecem visibilidade do comportamento do aplicativo em execução, identificando gargalos e ineficiências.

Essas ferramentas são cruciais para a identificação imediata de bugs e vulnerabilidades.

Adotar estes recursos é um claro indicador de comprometimento com a manutenção da integridade e desempenho dos sistemas.

Monitoramento e Observabilidade

A prática de monitoramento e observabilidade vem se consolidando como essencial para prover insights não apenas sobre o estado atual dos sistemas, mas também sobre seu comportamento ao longo do tempo. Empresas que estão almejando maturidade operacional em 2024 reconhecem que essa dualidade é fundamental para uma identificação ágil de anormalidades e gargalos, e para uma resposta eficiente em situações críticas. Técnicas avançadas de monitoramento de stack e telemetria de aplicações são expectativas básicas no escopo da engenharia de software.

A tendência rumo à implementação de observabilidade como um pilar central na construção e manutenção de software se traduz na adoção de plataformas baseadas em observabilidade de ponta-a-ponta e na cultura de "observar para entender". Isso implica uma intima integração da observabilidade em todas as fases do ciclo de vida do software, com um foco em instrumentação que proporciona dados ricos e acionáveis. Com isso, os times de engenharia estarão equipados para tomar decisões baseadas em dados, melhorar a experiência do usuário final e antecipar problemas antes que eles afetem negativamente o negócio.

Avanços em ferramentas de APM e observabilidade

  • Inteligência Artificial potencializa o APM.

As soluções de APM (Application Performance Management) estão se tornando cada vez mais inteligentes e autônomas. Com a evolução daInteligência Artificial (IA) e do aprendizado de máquina , as plataformas de APM estão alcançando novos níveis de eficiência no diagnóstico e resolução de problemas. As análises preditivas possibilitam uma resposta proativa a incidentes, minimizando os impactos antes de afetar os usuários finais.

  • Automação e customização impulsionam a eficácia.

A automação é a espinha dorsal das ferramentas de observabilidade modernas. Para 2024, espera-se que as ferramentas de APM ofereçam ainda mais recursos customizáveis, tornando a análise de desempenho uma tarefa menos onerosa e mais estratégica. Isso significa configurações automatizadas baseadas em contexto e alertas mais inteligentes.

  • Observabilidade: destaque no ciclo de vida do software.

As novas métricas emergem constantemente, ampliando o escopo da observabilidade. Com o crescente foco em arquiteturas de microserviços e contêineres, espera-se que as ferramentas de APM para 2024 estejam ainda mais integradas a esses ambientes. A agregação de dados de diversas fontes e a correlação entre eles são vitais para insights mais profundas.

  • Cultura de observabilidade orientada a dados.

No horizonte de 2024, a cultura de observabilidade será indissociável da cultura de desenvolvimento ágil. As organizações bem-sucedidas adotarão práticas que enfatizam a responsabilidade compartilhada entre os desenvolvedores pela saúde do sistema, removendo barreiras entre operações e desenvolvimento e fomentando um ambiente onde o aprendizado contínuo é baseado na observação e na análise de dados.

  • Impacto direto na Qualidade de Serviço e UX.

A qualificação dos dados coletados e a capacidade de interpretá-los de maneira eficaz são determinantes para elevar a qualidade de serviço (QoS) e a experiência do usuário (UX). Em 2024, as ferramentas de APM e observabilidade que adaptarem rapidamente algoritmos e permitirem personalizações dinâmicas terão um papel crucial em destacar negócios no mercado pela excelência na entrega de software e na satisfação do cliente.

A importância da telemetria para a experiência do usuário

A telemetria transforma interações em dados analisáveis, maximizando a eficiência na detecção de problemas de UX. Ela permite a identificação precoce de falhas e a otimização contínua de recursos, garantindo uma experiência mais robusta e satisfatória para o usuário.

A profundidade de insights proporcionada pela telemetria é inestimável em ambientes de software complexos. Detalhes como tempo de carregamento de páginas e comportamento de cliques tornam-se métricas essenciais para refinar interfaces e fluxos de interação. A capacidade de rastrear estas métricas em tempo real é um diferencial competitivo significativo.

Empresas líderes em tecnologia já apostam na telemetria como um pilar central para estratégias de UX. A coleta, o processamento e a análise de dados de telemetria potencializam a personalização de experiências, contribuindo para a satisfação e fidelização dos usuários. A tendência é que essa abordagem seja cada vez mais adotada.

Investimentos em telemetria avançada permitirão o surgimento de dashboards mais inteligentes e interativos. Prevê-se que técnicas de IA serão aplicadas para prever tendências de uso e automatizar ajustes proativos na UX. Essa maior inteligência nos sistemas de monitoramento e alerta será fundamental para manter a excelência na experiência do usuário.

A telemetria será uma competência essencial para equipes que desejam se destacar na entrega de softwares com alta qualidade de UX. A visão granular e a resposta rápida que ela possibilita são imprescindíveis no ecossistema digital cada vez mais centrado no usuário.

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